Observo o azul celeste acompanhando meus poucos movimentos
No reflexo das nuvens brandas que se perdem no seu olhar
Canto minha agonia aos murmúrios
Com uma voz trêmula que te suplica
Enquanto os soluços interrompem o silêncio
Vejo um véu de fúria e ódio tomar conta do azul celeste
E nas veias o sangue borbulha
O ódio incendeia de dentro para fora
Os doces olhos azuis que um dia eu amei
São os mesmos olhos em que agora
A impiedade se faz presente sobre mim
Um doce olhar que me despertou a cobiça
Transfigurou-se numa imagem pálida
Quase irreconhecível
Amaldiçoados sejam nossos sorrisos
Formados de mentiras utópicas
Ferindo o pudor e a decência
Abençoado seja esse momento
Que desse azul celeste eu lembrarei
Pois quando chegar sua hora
Olharei no fundo dos seus olhos e você irá ouvir:
Eu te perdôo...
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