Em minha face ébria
Cultuo e celebro as taças vazias
O reflexo macilento do meu corpo diante o espelho
Apenas demonstra a calamidade da minha alma
Cambaleio entre soluços
A brasa ainda acesa do meu cigarro
Faz-me tragar a insanidade
Tão necessária quanto o oxigênio
Que purifica meus pulmões
Olhares alheios fitando um vagabundo mortuário
Com as pálpebras pesadas
Quase adormecido em uma mesa
Sozinho
Meus dedos tateando levemente
O cano de ama arma carregada
Lágrimas escorrendo em minha face
Enquanto nuvens negras encobrem os céus
O silêncio perturbador me permeando a sanidade
Faz-me tremer em agonia
E com ela vem o desespero
Pois a única saída que me resta
É abandonar essa carcaça fatigada e infeliz
Apertar o gatilho...
0 Response for the "Embriaguês"
Postar um comentário