Meus olhos gritam
Minha boca chora
Em meu leito ouço murmúrios de desespero
Sons de um violino
Tocando uma marcha fúnebre
Ao fundo as vozes de familiares
Recebo o beijo lascivo e agonizante
Em meus lábios imóveis
Ao lado uma mulher caída
Ébria com uma taça quase vazia
Observo as gotas
Rolam como minhas lágrimas
Em uma estante velha
Flores murchas movem-se com o vento
A nênia do ambiente me causa pânico
Crucifixos balançados a fronte de minha face
Orações jogadas aos ventos
Entre gritos que me fazem borbulhar em febre
No devaneio do momento
Perdi-me na própria loucura
De repente
A escuridão envolve o horizonte
Tudo agora parece calmo
O silencio já não mais atormenta
Nada mais enxergo
Exceto o crucifixo...
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